segunda-feira, dezembro 31, 2007

Artigo - Cinema pornográfico e implicação ético-social

Assistir um filme é algo normal, ir a um espetáculo, etc. vindo à noção o cinema de tipo pornográfico muitas implicações e inquietações surgem: De onde se origina o ímpeto por tal arte, quem é o responsável por sua realização, quem são os que figuram nos vídeos, o que os motiva a participar de tais, qual à origem desses personagens? É inquestionável que há muito por trás de tais estruturas e uma implicação pessoal-social que não deve ser legada ao acomodamento da justificação ou simples olhar de normalidade e compassividade silenciosa ou de uso de tais apetrechos.
A diversão é um direito do homem, está mais do que justo, porém analisar como se dá esta diversão, a que pontos vai, de que fonte ela é elaborada também é um dever justo.
Empresários vários se dão ao luxo de financiar produções de tipo eróticas, pornográficas lucrando muito com tais, o dinheiro que circula enriquece a um bom número de poucas pessoas, normalmente o ator é uma figura que não tem relevo em larga escala; seu período de tempo e fama é curto, se é que o tem, isto sendo de poucos; num âmbito pornográfico imagine-se que a estrutura lhes é bem singular desta forma, mas indo à origem: de onde vem as figuras que fazem parte da exibição das produções? Deduzindo do óbvio, aquele(a) que comercia com o corpo, o usa de forma prestada a determinado fim erótico cai no que se denomina prostituição, sendo dessa maneira um tanto óbvio que os atores de filmes pornográficos entram nessa linha de comércio, atuação, não tendo visão discriminatória, o que é lícito classificar como crime. Tendo análise da situação, se enxerga que aquele(a) que adquire “películas” pornográficas incentiva a prostituição, a prostituição em si é um aspecto da miséria; a condução à prostituição tem muitas implicações, a vinculação da manobração de elites de tipo econômica que fomentam a miséria levando muitos, sem expectativas de uma vida com suporte material básico ou à visão de possibilidades de satisfação material em uma sociedade baseada no consumo, onde muitas vezes nem sempre se pode adquirir o que se vê e fascina entre inumeráveis fatores faz de muitas pessoas objetos que se guiam ao comércio com o corpo, onde a desvalorização social, a marginalização, a aversão e o ódio daqueles mesmos que tem interesse e adentram em prazeres nesse comércio, são presentes; em suma:
Os que discriminam fazem uso do que hipocritamente falam ser sujo e recriminam, criando uma complicação ainda maior no quadro de infâmia. Há o caso também do que opta conscientemente pela atuação pornográfica, algo bem mais raro e de psicologia perversa.
As pessoas são usadas em filmes pornográficos em uma seqüência de decadência extremamente acentuada; o bizarro e os excessos ganham terreno atingindo a parte mais débil do expectador: A sexual, a libido, o pondo em estado de fascínio profundo pratica e diretamente hipnótica, já que há o fascínio e arroubo instantâneo amiúde. Aqueles que figuram nas produções cinematográficas não pouco aparecem em atitudes de sujeição, humilhação, degradação, banalização da sexualidade e humanidade, a transformação em mero objeto submetível a toda índole de perversões em que pagos, não são mais pessoas, mas funcionários do grotesco.
Isto são implicações pessoais nos envolvidos em alguns aspectos, a sociedade como um todo tem culpa da situação e do ocorrente com as vitimas da prostituição cinematográfica. Ao se pagar uma outra pessoa para prestar serviços de linha erótica/sexual se fornece impulso para o agravamento. Um filme em certo aspecto tem proporção muito pior, pois atinge a muitos, incitando-lhes à fantasia, o deleite com o mórbido e contribuindo, como já frisado e com perspectiva não “moralista”, a uma estrutura de miséria sexual sistematizada, com um contexto de complicação, um mundo ou realidade que à parte se desenvolve mais e mais tomando características óbvias de estilos de vida que são nitidamente da esfera de Tanatos ou da destruição pelo lado erótico, a energia sexual mal cristalizada. A esfera de Lilith, a esfera de Nahemah.
Pensar na mídia comum, não apenas exclusivamente à reservada pornográfica também mostra exemplos nítidos, muito embora atualmente falando em uma questão como esta pode parecer uma visão ultrapassada ou reacionária, no entanto, fatos são fatos, por muito que se argumente com à frivolidade que temos justificante de comportamentos por conceitos como atualidade, modernidade, à mostra está que os argumentos podem disfarçar, enganar, corroborar o que é nocivo, entretanto este o é (nocivo) e a clara reflexão os modos de moral por mais que apontem ser o natural a realidade vívida mostra que não o é. A moral em suma é uma pseudo-moralidade, a moral sendo filha de seu tempo e morrendo hoje para ser validada amanhã não tem senso de verdade frente aos fatos: Hoje o que é moral amanhã é imoral e vice-versa. Na mídia comum (TV, também em outra atuação rádio, música, etc.) a prostituição, comércio do corpo e da erotícidade são validadas com outros nomes em que na prática o abuso e desnorteação de mentalidades em que se entende que profana, fere, denigre como normalidade profissional são pungentes.
A sociedade decai no sexismo. A arte pornográfica e seu caos são testificados. Os ícones ou ídolos de uma geração decadente são o máximo das perversões, perversão compreendida em seu sentido não meramente pejorativo, mas étnico, interior, ético, o que convém denominar perverso, virado, dobrado da naturalidade, pervertido do real e lucidez, o bom exemplo que se segue e artificial bem como superficialmente são implementados na vida em geral:
O sexo é a parte mais sutil do ser humano, pode levá-lo a uma regeneração completa, desenvolvimento de força, vontade, ânimo quando este seu caractere (o sexual) é devidamente sublimado (o que se pode chamar de trabalho positivo com Eros) ou como é o comum em degenerados da raça vigente, esta potencialidade tão lidima é mal utilizada e como algo de funcionamento de extremo poder mal canalizado acaba por destruir o ser humano que se lança em paixões, que decai, que tem sua libido transmutada não em néctar de vida, mas em sentidos desordenados e em uma psicologia adormecida pela força que não soube domar, a força sexual (processo que se chama simbolicamente de Tanatos). É dito que todo impulso, toda ação, a vida em geral é movida pelo sexo, por traz dos impulsos, sentimentos, ternura ou bizarricies está à energia sexual em manejo positivo ou negativo onde há a lástima do homem não saber sequer disto.
A sociedade em decadência sexual confunde a liberdade com a liberação dos sentidos à corruptividade, a repressão que foi sentida ao poder se emancipar não seguindo uma orientação de equilíbrio vai aos extremos à satisfação de suas contensões represadas e punidas, em especial num reflexo histórico onde a supressão de uns pelos demais se fazia forte e as consequências se vêem nos dias atuais no sexual exposto de forma vulgar e banal. Ouve repressão sexual e em contraposição ao haver à liberdade individual/social esta é mal utilizada.
A mídia sabe aproveitar as armas que podem dominar e reger um povo, a parte sexual é a mais frágil, assim o desnortear sexual é uma boa fonte de lucros e poder escravizador. Aqueles que desejam o poder utilizam o sexo como uma violenta, porém sutil, arma letal onde ocorre, à modo como a Inglaterra seviciou a Índia com ópio, uma nítida escravização desvalorizante rumo ao mais inferior.
Aqueles que são vítimas, vitimizados, usados, deturpados, alienados em todo o conjunto que se inter-relaciona e tem ação no quadro humano geral não se dão conta; o cliente, o funcionário e o patrão são alvos de uma miséria similar em que interagem: O manter de um comércio e até estilo de vida destrutivo e aberrante, afronta à naturalidade e corrosão que se marcará nas gerações futuras como uma herança onde o mais vil será um elemento comum e trivial da vã cultura que se segue sem reflexão, para a sustentação de uma sociedade de sublimação no arruinante de maneira horríssona.



sexta-feira, dezembro 21, 2007

Poesia - Comprazer

No crescente
Sem Inventos
Do torpe,
Do tolo,
Do medo.

Ultrapassando o todo,
Além das quimeras de lodo,
Onde o amor se faz.
Onde a alma se compraz.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Poesia - Ciente

Escrito,
em tudo,
o que fez o Grande Demiurgo.

Sem noções,
ações sefazem nas criações, que é uma,
corrompendo o reino,
o ero dos que fizeram/fazem mortais
neste solo trasformado em averno.

Ma a redenção
se pode,
o poder é inerente
naquilo que todos tem
pouco utilizando agente:
a alma e sua estabilização no ciente.

Poesia - Dissolução de Maia

Atitudes
Ritmos, virtudes.

Ser Deus,
Ser É.

Quando existe,
Percebe que assim não existia.

Novamente para existir some.
Renascimento;
O destruir do que Maia (Ilusão) consome.