domingo, dezembro 10, 2006

POESIA - O QUE VÃO APETECE

Nos limiares de todo encanto que é morte
fenece sem sentido
o que se faz padecer em distorcidas lógicas

O mundo pede
Todos pedem
O que cede
Vira mentira

Retirando-se de sí,
vira caos
desordenado, versado como túmulo
a vida já não é mais vida
perdeu-se por deixar de ser autênticamente vivida

Homens lançando-se ao caos,
a moral dos dias,
a imoral de aceitar-se como podre
exaltando o que fere, mata, morre

Dias, dias
mal vividos, eloquência ao vão justifica;
o que não importa é o que importa,
selos são feitos para inexistir
como irreal, mentira do seu mundo
exterior artificial pelos erros concebido,
como sombra escrava do "sí",
preferindo o que já conhece,
perdendo-se no que vão apetece

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